domingo, 17 de agosto de 2014

OS PRÉ SOCRÁTICOS

Os filósofos pré-socráticos.

   Na história da filosofia, os filósofos pré-socráticos
também são conhecidos como filósofos da natureza ou físicos.
O termo pré-socrático na Filosofia relaciona-se  a ideia de que
tais filósofos viveram antes de Sócrates, e indica uma 
tendência de pensamento voltada para a compreensão do 
mundo a partir da observação e do uso da razão.
 Eles desenvolveram teorias que apresentavam 
diferentes respostas para a mesma pergunta: 
Qual a origem do mundo, do universo, da natureza, da vida? 
Sócrates e a Filosofia
O termo pré-socráticos é uma indicação  cronológica, 
pois a maioria dos filósofos da natureza viveram
antes de Sócrates (retratado acima).

terra, fogo, aguá e ar
Os quatro elementos que para Empédocles
 constituía  a essência de todos as coisas.
 






















Os filósofos
Tales, Anaximandro, Pitágoras, Parmênides, Zenão, Heráclito, Demócrito, Empédocles são alguns nomes, entre muitos filósofos que inauguraram o pensamento filosófico no Ocidente. A filosofia nascente se caracterizava pela busca de explicações capazes de satisfazer a mente HUMANA    de modo alternativo as explicações que a mitologia grega oferecia para o funcionamento da realidade e o surgimento da vida.

      Esquema extraído do blog: conhecimentoedireitodetodos.blogspot.com







Contexto histórico
 Os filósofos pré-socráticos impulsionaram o surgimento da filosofia na Grécia 
antiga, mais precisamente, nas colônias gregas na Ásia menor e região da
 Itália. 
Eles se dividiam em escolas de 
pensamento: Escola Jônica, Escola 
Itálica,
Escola Eleática, Escola Atomística; de acordo com o local e problemas 
discutidos por seus pensadores. Viveram entre os séculos VII e V a.C.
Aula abaixo, trata dos principais filósofos pré-socráticos e suas teorias.

FILÓSOFOS PRÉ- SOCRÁTICOSNo estudo da história da filosofia, os primeiros filósofossão
chamados de pré-socráticos. Apesar de passar aideia de que existiram antes de Sócrates, o termo 
pré-socrático indica uma tendência de pensamento, estandorelacionado também com filósofos que 
viveram namesma época de Sócrates e até mesmo depois dele.Aquilo que une os filósofos 
pré-socráticos 
é apreocupação em perguntar e compreender a natureza do mundo (a physis). Queriam entendera 
origem, o que originou todas as coisas, oprincípio delas. Por isso observavam o mundo e 
buscavam explicações lógicas (racionais) paracompreendê-lo. Essas explicações secontrapunham 
ao conhecimento religiosocomumente aceito pelos gregos antigos.

TALES DE MILETO
Tales aparece como o iniciador da filosofia, deu oprimeiro impulso para que ela se desenvolvesse ao 
buscar uma explicação racional para entender a realidade. ParaTales o elemento da natureza que 
origina 
todas as coisas é a água.

ANAXIMANDRO DE MILETOFOI MATEMÁTICO,ASTRÔNOMOE FILÓSOFO
ANAXIMANDRO FOI DISCÍPULO DE TALES, MAS QUESTIONAVA AS RESPOSTA DE SEU MESTRE. 
DIZIA QUE O PRINCÍPIO DE TODAS AS COISAS NÃOPODE SER UMA COISA DETERMINADA COMO A 
ÁGUA OU O FOGO. A ORIGEM DE TUDO DEVE SER ALGO INETERMINADO E INDEFIDO: O ÁPEIRON 
ÁPEIRON SIGNIFICA INFINITO E REPRESENTA A IDEIA DE QUE A TOTALIDADE DA EXISTÊNCIA É 
COMPOSTA DE SEUS CONTRÁRIOS (QUENTE-FRIO, BEM-MAL, SECO-ÚMIDO)

ANAXÍMENES DE MILETOAnaxímenes também foi astrônomo e foio primeiro a afirmar que a luz da Lua
vinha do Sol. Dizia que o princípio de todas as coisas é o Ar. O Ar está eternamente em 
movimento. A alma humana é feita de Ar. Anaxímenes concordava com Anaximandro quanto ao ápeiron,
mas postulava que o infinito do ápeiron se encontrava na existência do Ar. 

DEMÓCRITO DE ABDERADEMÓCRITO FOI O MAIOR EXPOENTE DA TEORIA ATÓMICA OU 
ATOMISMO TUDO QUE EXISTE É COMPOSTO DE ELEMENTOS INDIVISÍVEIS (do grego, 
"a", negação e "tomo",divisível. Átomo= indivisível 

EMPÉDOCLES DE AGRIGENTO
EMPÉDOCLES FOI FILÓSOFO, MÉDICO, LEGISLADOR, PROFESSOR E PROFETA.DEFENDIA A 
IDEIA DE QUE O MUNDO É CONSTRUIDO A PARTIR DA RELAÇÃO DE QUATRO ELEMENTOS: ÁGUA, 
TERRA, FOGO E AR VIAJOU PARA MUITOS LUGARES E FOI UM GRANDE DEFENSOR DA 
DEMOCRACIA

 HERÁCLITO DE ÉFESO
HERÁCLITO MANIFESTOU SEU DESPRESO CONTRA OS FILÓSOFOS DE SEU TEMPO E OS POETAS 
PARA HERÁCLITO E ELEMENTO PRIMORDIAL É O FOGO PARTE DO PRINCÍPIO DE QUE TUDO ESTÁ
EM CONSTANTE MOVIMENTO, NADA PODE PERMANECER ESTÁTICO A MUDANÇA QUE ACONTECE
EM TODAS AS COISAS É UMA GUERRA ENTRE OS OPOSTOS ( O QUENTE PODE SE TRANFORMAR 
EM FRIO, A SAÚDE PODE VIRAR DOENÇA, A VIDA CAMINHA PARA A MORTE, O DIA SE 
TRANSFORMA EM NOITE ) HERÁCLITO ERA CONHECIDO COMO FILÓSOFO“OBSCURO” E NO 
FIM DE SUA VIA SE ISOLOU NAS MONTANHAS E SE ALIMENTAVA SÓ DE FRUTAS

PAMÉNIDES DE ELÉIA
PARMÉNIDES FOI ADMIRADO POR SEUS CONTEMPORÂNEOS POR LEVAR UMA VIDA REGRADA E 
EXEMPLAR. ESTEVE EM ATENAS AOS 65 ANOS E TORNOU-SE AMIGO DO JOVEM SÓCRATES ELE
PROPOS QUE TUDO O QUE EXISTE É ETERNO, IMUTÁVEL E INDESTRUTÍVEL O CONHECIMENTO 
GENUÍNO DAS COISAS PODE SER CONQUISTADO ATRAVÉS DA PERCEPÇÃO QUE PODEMOS TER 
DAS COISAS USANDO A MENTE E A REFLEXÃO. AO CONTRÁRIO DA MAIORIA DOS FILÓSOFOS
QUE ESCREVIAM EM PROSA, PARMENIDES ESCREVEU SUA GRANDE OBRA “DA NATUREZA”
EM FORMA DE POEMA.
A MENTE HUMANA É CAPAZ DE ALCANÇAR A UNIDADE DE TODAS AS COISAS...

PITÁGORAS DE SAMOS
PITÁGORAS FOI FILÓSOFO E MATEMÁTICO, FUNDOU A ESCOLAPITAGÓRIACA NA CIDADE 
DE CROTONA. A ESCOLA FOI FUNDAMENTAL PARA AEVOLUÇÃO DA MATEMÁTICA. DE 
ACORCO COM SEU PENSAMENTO, O COSMOS É REGIDO POR RELAÇÕES MATEMÁTICAS, 
SENDO O NÚMERO A ESSÊNCIA E O PRINCÍPIO DE TODAS AS COISAS.TAMBÉM SE DEDICOU 
AO ESTUDO DA GEOMETRIA DOS TRIÂNGULOS.FORMULOU O FAMOSO TEOREMA DE 
PITÁGORA: “EM TODO TRIÂNGULO RETÂNGULO, A SOMA DO QUADRADO DOS CATETOS É IGUAL 
AO QUADRADO DA HIPOTENUSA”
PENSAMENTOS DE PITÁGORAS:- EDUCAI AS CRIANÇAS E NÃO SERÁ PRECISO PUNIR OS JOVENS;
- NÃO É LIVRE QUEM NÃO TEM DOMÍNIO SOBRE SI
- TODAS AS COISAS SÃO NÚMEROS- A EVOLUÇÃO É A LEI DA VIDA, O NÚMERO É A LEI DO 
UNIVERSO, A UNIDADE É A LEI DE DEUS
- A SABEDORIA PLENA E COMPLETA PERTENCE A DEUS, MAS OS HOMENS PODEM 
DESEJÁ-LA E AMÁ-LA TORNANDO-SE FILÓSOFOS
-ANIMA-TE POR TERES DE SUPORTAR AS INJUSTIÇAS; A VERDADEIRA DESGRAÇA ESTÁ EM 
COMETÊ-LAS

domingo, 3 de agosto de 2014

PRIMEIRA AULA DE FILOSOFIA - SEGUNDO ANO ENSINO MÉDIO

AULA 1 DE FILOSOFIA - SEGUNDO ANO DO ENSINO MÉDIO



Nome Completo 
René Descartes
Quem foi
Descartes foi um importante filósofo, matemático e físico francês do século XVII. Também fez estudos nas áreas da Epistemologia e Metafísica. Descartes é considerado o pioneiro no pensamento filosófico moderno.
Nascimento
Descartes nasceu na cidade de La Haye (França) em 31 de março de 1596.
Morte
Descartes morreu na cidade de Estocolmo (Suécia) em 11 de fevereiro de 1650.
Principais realizações
Sugeriu a união entre os estudos da Álgebra e Geometria, criando a Geometria Analítica.
- Desenvolveu o Sistema de Coordenadas, também conhecido como Plano Cartesiano.
- Desenvolveu o Método Cartesiano no qual defende que só se deve considerar algo como verdadeiramente existente, caso possa ser comprovada sua existência. Também conhecido como Ceticismo Metodológico, segue o princípio de que devemos duvidar de todos conhecimentos que não possuem explicações evidentes. Este método também se baseia na realização de quatro tarefas: verificar, analisar, sintetizar e enumerar.
Principais obras
Regras para a direção do espírito (1628)
- Discurso sobre o método (1637)
- Geometria (1637)
- Meditações Metafísicas (1641)
Frases
"Penso, logo existo"
- "É preferível ter os olhos fechados, sem nunca tentar abri-los, do que viver sem filosofar"
- "A razão e o juízo são as únicas coisas que diferenciam os homens dos animais".
- " Daria tudo que sei em troca da metade de tudo que ignoro

AULA 1 DE FILOSOFIA - PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO


O que é Filosofia:

Filosofia é uma palavra grega que significa "amor à sabedoria" e consiste no estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem.
Filósofo é um indivíduo que busca o conhecimento de si mesmo, sem uma visão pragmática, é movido pela curiosidade e sobre os fundamentos da realidade. Além do desenvolvimento da filosofia como uma disciplina, a filosofia é intrínseca à condição humana, não é um conhecimento, mas uma atitude natural do homem em relação ao universo e seu próprio ser.
A filosofia foca questões da existência humana, mas diferentemente da religião, não é baseada na revelação divina ou na fé e sim na razão. Desta forma, a filosofia pode ser definida como a análise racional do significado da existência humana, individual e coletivamente, com base na compreensão do ser. Apesar de algumas semelhanças com a ciência, muitas das perguntas da filosofia não podem ser respondidas pelo empirismo experimental.
A filosofia pode ser dividida em vários ramos. A filosofia do ser, por exemplo, inclui a metafísica, ontologia e cosmologia, entre outras disciplinas. A filosofia do conhecimento inclui a lógica e a epistemologia, enquanto filosofia de trabalho está relacionado a questões como a ética.
Diversos filósofos deixaram seu nome gravado na história mundial, com suas teorias que são debatidas, aceitas e condenadas até os dias de hoje. Alguns desses filósofos são Aristóteles, Pitágoras, Platão, Sócrates, Descartes, Locke, Kant, Freud, Habermas e muitos outros. Cada um desses filósofos fez suas teorias baseadas nas diversas disciplinas da filosofia, lógica, metafísica, ética, filosofia política, estética e outras.
De acordo com Platão, um filósofo tenta chegar ao conhecimento das Ideias, do verdadeiro conhecimento caracterizado como episteme, que se opõe à doxa, que é baseado somente na aparência. Segundo Aristóteles, o conhecimento pode ser divido em três categorias, de acordo com a conduta do ser humano: conhecimento teórico (matemática, metafísica, psicologia), conhecimentoprático (política e ética) e conhecimento poético (poética e economia).
Nos dias de hoje a palavra "filosofia" é muitas vezes usada para descrever um conjunto de ideias ou atitudes, como por exemplo: "filosofia de vida", "filosofia política", "filosofia da educação", "filosofia reggae" etc.

Origem da Filosofia

A Filosofia surgiu na Grécia Antiga, por volta do século VI a.C. Naquela altura, a Grécia era um centro cultural importante e recebia influências de várias partes do mundo. Assim, o pensamento crítico começou a florescer e muitos indivíduos começaram a procurar respostas fora da mitologia grega. Essa atitude de reflexão que busca o conhecimento significou o nascimento da Filosofia.
Antes de surgir o termo filosofia, Heródoto já usava o verbo filosofar e Heráclito usava o substantivo filósofo. No entanto, vários autores indicam que Tales de Mileto foi o primeiro filósofo (sem se descrever como tal) e Pitágoras foi o primeiro que se classificou como filósofo ou amante da sabedoria.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

AULAS DE FILOSOFIA - 1º ENSINO MÉDIO

PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO

1º BIMESTRE



1. Porque estudar Filosofia?


1.1 O que é Filosofia?
Filosofia: é uma reflexão crítica a respeito do conhecimento e da ação, a partir da análise dos pressupostos do pensar e do agir.
Reflexão crítica: pensar com critérios, analisar seu processo de pensar e de agir no mundo.

1.2 Para que serve o estudo da Filosofia?
Filosofia: é uma reflexão crítica (instrumento de trabalho) que visa auxiliar o adolescente (conhecimento e ação) no processo de formação da formação da cidadania (objetivo)

Filosofia
• Reflexão crítica (instrumento)
• Cidadania (objetivo final)

1.3 Etimologia da palavra Filosofia 
Etimologia: e o estudo relacionado a origem da palavra, onde ela surgiu.
A Filosofia (philosophia) é uma palavra de origem grega que significa: amigo da sabedoria.
philo= vem da palavra “philia” = amigo, amante, amor fraterno.


sophia= sabedoria.

1.4 Filósofos: Sócrates, Platão e Aristóteles 

Sócrates (469 – 399 a.C.) 

• Nasceu e morreu em Atenas.

• O ponto fundamental de sua filosofia é o autoconhecimento “conhece – te a ti mesmo”.
• Sua Filosofia se desenvolveu através do diálogo crítico dividido em duas etapas: Ironia e Maiêutica
Ironia: Sócrates formula perguntas para seu interlocutor, fingindo ser totalmente ignorante, enfatizando a sabedoria da outra pessoa, inserindo muitas perguntas ingênuas para envolver o seu oponente em contradições sem solução.
Maiêutica: é o parto das idéias, Sócrates faz as pessoas tirarem de dentro da sua alma a sabedoria que estava dentro de si.
• Foi condenado a morte bebendo cicuta sob a acusação de corromper a juventude e por não crer nos deuses da cidade.

Platão (427 – 347 a.C)

• Nasceu e morreu em Atenas

• Pertencia a uma família de aristocratas que faziam parte do processo político de Atenas.
• Conheceu Sócrates na juventude e se tornou seu discípulo, sua intenção era aprender Filosofia para utilizar na carreira política, mas depois da condenação de Sócrates a morte pela democracia ateniense acaba ficando desiludido com a política de Atenas.
• Teoria das Ideias: procura explicar como se desenvolve o processo do conhecimento no homem. Ele divide a realidade me dois pólos um chamando de mundo sensível (nosso mundo real) que é somente de aparência por isso o conhecimento neste mundo só temos opinião, observamos unicamente as imagens das idéias verdadeiras; outro pólo e o mundo das idéias, ou seja, o mundo verdadeiro real onde existem as ideias que são a realidade definitiva e a Ideia do Bem e a mais alta na hierarquia neste mundo pensado por Platão. Segundo o filósofo grego o mundo sensível é de aparência, pois ele foi plasmado por um deus artífice chamado Demiurgo que contemplou a realidade verdadeira (Mundo da Ideias) e criou a mundo sensível.

Aristóteles (384 – 322 a.C) 

• Nasceu em Estagira (Macedônia)

• Aos 18 anos conheceu Platão e se tornou seu discípulo ao ingressar na academia platônica em Atenas.
• No ano de 335 a.C. fundou sua escola o Liceu em Atenas; como Aristóteles era estrangeiro ele não poderia utilizar qualquer estabelecimento para sua escola. Ele dava as aulas caminhando por isso seus alunos eram chamados de peripatéticos “aqueles que caminham”.
• Foi professor de Alexandre o Grande.

SER: era concebido através dos conceitos de Ato e Potência 
• Ato: manifestação atual do Ser
• Potência: capacidade de vir a ser





2. Introdução ao empirismo e ao criticismo


2.1 John Locke (1632 – 1704) 
• Filósofo inglês
• Afirmava que as ideias são formadas através da experiência dos sentidos.
Empirismo: corrente filosófica que defende a aquisição do conhecimento através dos sentidos (experiência sensorial), temos como representante John Locke
Ensaio acerca do entendimento humano (1690)Para John Locke a mente é um papel branco sem qualquer ideia, por isso ele questiona de onde apreendemos as matérias da razão e do conhecimento, chega a conclusão que o conhecimento nasce da experiência.

Experiência: possibilita o conhecimento e fazemos experiência dos objetos sensíveis externos e também das operações internas da mente.




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2.2.Immanuel Kant (1724 – 1804) 
Criticismo: doutrina Kantiana que estuda as condições de validade e os limites do uso que podemos fazer de nossa razão
• Filósofo alemão

• Criou o criticismo para investigar as possibilidades do conhecimento (julgar e estabelecer os limites da razão)

Crítica da Razão Pura (1781, 1787 2ªed.) 
Neste livro Kant afirma na distinção entre o conhecimento puro e o empírico que o conhecimento nasce da experiência, mas ele se questiona se existe um conhecimento independente da experiência.
Kant chega a conclusão de que existe duas formas de conhecimento:

A. Conhecimento a posteriori: é fundado e posterior a experiência.
B. Conhecimento a priori: é independente, anterior e distinto da experiência



1. Períodos da História da Filosofia


1.1 O que é a História da Filosofia?

História da filosofia: Introduz a Filosofia na história compreendendo a tradição, tendo objetivos e problemas próprios inserido em épocas e lugares.

1.2 Períodos da História da Filosofia

a) Filosofia Antiga: divide – se em quatro períodos (Pré – socrático, Socrático, Sistemático, Helenístico).
Sua principal característica no início se volta para a cosmologia, depois com Sócrates, Platão e Aristóteles a investigação filosófica gira em torno das questões éticas e antropológicas, e no seu final se da na relação inicial entre o cristianismo e a Filosofia.

b) Filosofia Medieval: a característica fundamental é a discussão entre a fé e a razão, ou seja, separar o que pertence a Deus e o que pertence aos homens.

c) Filosofia Moderna: preocupa – se com o homem racional e livre, as mudanças políticas e a confiança na ciência empírica.
A Igreja Católica começa a perder a hegemonia que perdurou por toda a idade média.

d) Filosofia Contemporânea: Inspira – se na Revolução Francesa e na Revolução Industrial e no processo de desumanização do homem.


2. Introdução à Filosofia da Ciência

2.1. Dedução e Indução

dedução é uma inferência em que se parte do universal para o particular. Ela é uma atividade lógica – racional (pensamento) e é somente ela que valida o conhecimento científico. A maior parte das pessoas partem do senso comum pensam que a ciência é validada pela experiência, mas é um engano terrível porque a ela é validada somente pela razão (dedução).
Por indução entende-se um método de pensamento em que se parte do particular para o universal. A indução está ligada a experiência (observação), a partir dela cria-se uma lei.

Observe os blocos de informações (A, A1, A2) e (B)

Bloco A
(1 Premissa) Todo cão tem asas e voa.
(2 Premissa) Rex é um cão.
(Conclusão) Logo, Rex tem asas e voa.


Bloco A1
(1 Premissa) Todo A é B.
(2 Premissa) Todo C é A.
(Conclusão) Logo, todo C é B

Bloco A2
(1 Premissa) Todo HOMEM (A) é MORTAL (B).
(2 Premissa) SÓCRATES (C) é HOMEM (A).
(Conclusão) Logo, SÓCRATES (C) é MORTAL (B).

Os blocos (A, A1 e A2) acima são um exemplos clássicos de deduções válidas, o que valida estas inferências é a estrutura em que se parte de uma ideia universal (todo) para uma ideia particular (Rex, que é um cão particular) aplica - se este mesmo racíocinio dedutivo aos outros exemplos A1 1 A2.

Bloco B
(1 Premissa) Alguns cães são raivosos.
(2 Premissa) Rex é um cão.
(Conclusão) Logo, todos os cães são raivosos.

O bloco B é uma indução em que os argumentos são incompletos, pois utilizam duas afirmações (premissas) particulares e tenta-se chegar a uma conclusão generalizada.

2.2. David Hume e conceito não crítico da ciência quando se usa a indução


O filósofo escocês David Hume nasceu em Edimburgo em 1711 e morreu no ano de 1776 na mesma cidade. Segundo o escocês as Ideias nascem da experiência e a mente se constitui de percepções que se dividem em: impressões que são as percepções mais vivas (experiência) como ouvir, ver, tocar... e as ideias que são recordações percepções mais fracas (lembrar do gosto do chocolate, lembrar da dor que sentiu ao quebrar a perna).
Para Hume o problema maior da indução é formular teorias a partir de experiências (observação) ao se repetir as mesmas condições tenta-se prever um acontecimento.

2.2.1. A ciência versus a indução

A ciência é uma atividade racional (dedutiva, lógica), enquanto a indução parte exclusivamente da experiência, esta pode até parecer racional, mas não ela está envolvida com os sentidos.
Ex: Não é por que eu vejo o sol nascer todos os dias, ele terá que nascer amanhã. A natureza não se submete as experiências ou a razão humana.

2.2.2. Os problemas da indução.

Ø A observação como fonte objetiva (será que vemos, sentimos, ouvimos da mesma maneira?).
Ø A relação entre teoria e experiência.

2.3. O falsificacionismo

Karl Popper(1902 – 1994) é um dos filósofos defensor desta teoria, atribuindo que o valor do conhecimento científico não vem da experiência, mas na possibilidade da teoria ser falseada (contrariada).

Para os falsificasionistas a teoria precede a experiência, por isso toda explicação é hipotética, mas é a melhor que temos para explicar tal fenômeno. Também segundo os filósofos que seguem esta corrente filosófica da ciência, a teoria deve ser falseada muitas vezes; quanto mais uma teoria pode ser falseada, melhor será. Ao ser contrariada (falseada) a teoria pode ser melhorada ou jogada fora.

2.3.1. Os critérios para uma boa teoria segundo o falsificacionismo

Para os falsificacionistas existem três critério que tornam uma teoria muito boa.
Ø A teoria tem que ser clara e precisa; quanto mais específica melhor.
Ø Deve permitir a falsificabilidade; quanto mais melhor.
Ø Deve ser ousada, para permitir o progresso científico e um aprofundamento da realidade.
As teorias que não podem ser falseadas não são boas teorias, pois não contribuem em nada no processo científico. Por exemplo: o quadrado tem quatro lados iguais (esta teoria nada acrescenta de novo a ciência), seu eu contrariar dizendo que o quadrado não tem quatro lados iguais, não estaríamos falando de um quadrado, é impossível imaginar tal absurdo.

2.4. O progresso da ciência



Para os falsificacionistas a ciência progride pela tentativa de superar a teoria. Mas para o físico americano Thomas Kuhn a ciência é uma atividade racional e humana, por isto é perpassada pelos problemas relativos à dimensão humana.


2.4.1. Pensar a ciência com base a racionalidade e os problemas humanos


Segundo Kuhn a ciência pode ser refletida seguindo uma linha que mostra o processo do desenvolvimento científico: (1) pré – ciência, (2) ciência normal, (3) crise, (4) revolução científica e (5) nova ciência normal.
Para Thomas Kuhn o conceito principal é o de paradigma que é o modelo de ciência normal. Os cientistas orientam suas pesquisas nestes modelos para preservar a verdade científica e tudo o que não se encaixa neste paradigma é considerado anomalia.


Bibliografia: Caderno do Professor: Filosofia, Ensino Médio – 1ª Série, Volume 1. Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Adilton Luis Martins, Luiza Christov, Paulo Micelli, Renê José Trentin Silveira, - São Paulo; SEE, 2009.
Caderno do Professor: Filosofia, Ensino Médio – 1ª Série, Volume 2. Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Adilton Luis Martins, Luiza Christov, Paulo Micelli, Renê José Trentin Silveira, - São Paulo; SEE, 2009.