terça-feira, 31 de julho de 2012

Causos de Parnaíba - O saci


Causos de Parnaíba - Policarpo





POLICARPO.


 


Era costume dos tempos de outrora, que os padres e pessoas influentes e ricas fossem, depois de mortas, enterradas na igreja. Na igreja Matriz de Sant'Ana ainda hoje encontram-se pedras com nomes dessas pessoas.

Havia na cidade uma homem muito mau de nome Policarpo. Deixava os escravos morrerem de fome ou chicoteava-os até a morte. Maltrata os filhos e a mulher, e mandava matar quem atravessasse em seu caminho.
Quando morreu, por ser um senhor de muitas terras e exercer poder político na cidade, foi enterrado na igreja. Desde então, coisas estranhas começaram a acontecer no local. Bancos rolavam, o sino tocava e correntes se arrastavam.
Muitos moradores já haviam presenciado tais fenômenos, e de boca em boca a população ficou assustada. Ninguém ia à reza à noite, nem ficava sozinho na igreja. O vigário que não acredita em assombração, resolveu, um dia pousar na igreja. Antes de terminar o terço, ouviu passos e barulho de correntes se arrastando. Perguntou quem era:
- Sou eu, o Policarpo. Ajude-me, por favor. Não posso ficar enterrado neste lugar sagrado, pois não sou digno. Mande-me desenterrar e jogue meu caixão no Rio Tietê para que a correnteza me leve para bem longe.
Foi o que fez o vigário. Na igreja nunca mais esse homem atormentou, mas na cidade... o Policarpo ainda aparece.

Causos de Parnaíba - A Praga do padre


A PRAGA DO PADRE

Ao fazer a encomenda de uma alma, o padre referiu-se ao defunto depreciando sua imagem, o que não agradou seus amigos. Estes, revoltados, resolveram dar uma surra no padre que consegui escapar, retomado dias depois para rezar a missa de Santa Terezinha.
Durante a missa, na hora do sermão o padre profetizou:
- Santa Terezinha vai derramar uma chuva de rosas nesta cidade. No mesmo dia, o tempo escureceu e caiu sobre Parnaíba uma chuva de pedras enormes, em formato de rosas. Granizos enormes destelharam todas as casas, quebraram vidraças e invadiram residências. Para se protegerem, as pessoas . escondiam-se debaixo das mesas.
Quinze dias depois havia ainda vestígios da chuva


 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Escola e família, quem é o vilão?

Opinião: Escola e família, quem é o vilão?
*Antonio Mourão Cavalcante. Médico, antropólogo e professor universitário.

Não é producente estar discutindo de quem é a culpa do fracasso na difícil tarefa de educar. A escola ou a família?

Os que atribuem à família logo apontam a situação caótica porque passa a “célula mãe” da sociedade. A família estaria sem rumo. Aumentam as separações e os filhos abandonados. Os pais que se envolvem totalmente na tarefa de correr atrás do sustento do grupo. Não há mais tempo para os filhos. Mesmo a mulher deve trabalhar e contribuir com o orçamento familiar. Os filhos ficam entregues à própria sorte. Em outros casos, o pai foi destituído de sua autoridade de chefe. Os valores assimilados pelas crianças vêm da rua e da televisão, que só ensinam o que não presta...

Os que atribuem o fracasso à escola, logo mencionam a negligência. Períodos enormes de greves. Falta de verbas para educação. Nem o piso salarial oficial os professores recebem. Descaso. Não é prioridade. O tempo na escola é reduzido. Brasil, raro caso no mundo, onde a escola funciona apenas em um turno. Sem falar das ameaças externas: a violência e as drogas. Os mestres são insultados. Aluno virou cliente ou cinicamente designado como “nosso parceiro”.

Pensar dessa forma deve ser extremamente inquietante. Desesperador. Mas, é assim que muitas pessoas acreditam e repetem, sem refletir.

A família passa por uma crise. Ela busca novos modelos. Tenta compor outros cenários. Múltiplos arranjos, onde o fundamental continua sendo: o locus da experiência necessária do amor. Isto é, a família é o espaço onde devemos nos inaugurar no humano. Na vivência básica do humano: amar e ser amado. O líder desse núcleo não precisa ser alguém que se impõe pela força, mas que exercita e lembra a necessidade de aplicarmos e vivermos o consenso para que possamos viver bem e em harmonia.

A escola precisa estar mais próxima e aberta. Ela precisa ser em tempo integral, com movimentos de articulação com a comunidade. Um lugar de aprender e conviver. Construir amizades. Exercitar a solidariedade. Não apenas instruir, mas despertar nos jovens o interesse pela vida, pelos outros e pelo mundo...  

Dica aos pais e professores

Briga familiar sempre foi algo que resultou em estresse infantil. Dificilmente vemos uma criança normal, sem problemas como a depressão, se vivenciou as brigas de seus pais diversas vezes. Se a criança está acostumada a ver os pais sempre unidos, se beijando, abraçados, e unidos, brigas podem assustar de uma forma gigantesca as crianças, não me refiro a discussões comuns, pois isso é normal ocorrer nos relacionamentos amorosos, uma vez ou outra, mas brigas feias, com palavrões, agressões, ameaças, enfim, pode resultar em sérios problemas.
O bom é evitar discutir com seu parceiro em frente das crianças, mesmo que sua vontade seja de “fazer a cobra fumar”. Pense primeiramente em seus filhos, pois afinal de contas os pais devem ser os exemplos para as crianças. Sem levar em conta que brigas nunca resolvem nada, muito pelo contrario, acaba magoando o companheiro, pois a cabeça vai estar quente, e as palavras serão ditas da boca para fora. Então seja uma pessoa centrada, não faça nada sem pensar duas vezes, afinal a serenidade é algo extremamente necessário na vida das pessoas.

domingo, 1 de julho de 2012

Ações para Salas desmotivadas

Companheiros e Companheiras de magistério, estou postando algumas sugestões de ações que valem a pena utilizarem para turmas de alunos que estão desmotivadas e consequentemente já debandaram para a indisciplina. Confiram.


PEDAGOGIA OU ANDRAGOGIA?

Crianças são seres indefesos, dependentes. Precisam ser alimentados, protegidos, vestidos, banhados, auxiliados nos primeiros passos, Durante anos se acostumam a esta dependência, considerando-a como um componente normal do ambiente que as rodeia. Na idade escolar, continuam aceitando esta dependência, a autoridade do professor e a orientação deles como inquestionáveis.
 A adolescência vai mudando este status quo. Tudo começa a ser questionado, acentuam-se as rebeldias e, na escola, a infalibilidade e autoridade do professor não é mais tão absoluta assim. Alunos querem saber por que devem aprender geografia, história ou ciências.
 A idade adulta trás a independência. O indivíduo acumula experiências de vida, aprende com os próprios erros, apercebe-se daquilo que não sabe e o quanto este desconhecimento faz-lhe falta. Escolhe uma namorada ou esposa, escolhe uma profissão e analisa criticamente cada informação que recebe, classificando-a como útil ou inútil.
Esta evolução, tão gritante quando descrita nestes termos, infelizmente é ignorada pelos sistemas tradicionais de ensino. Nossas escolas, nossas universidades tentam ainda ensinar a adultos com as mesmas técnicas didáticas usadas nos colégios primários ou secundários. A mesma pedagogia é usada em crianças e adultos, embora a própria origem da palavra se refira à educação e ensino das crianças (do grego paidós = criança).
APERCEBENDO-SE DA DIFERENÇA
 Linderman, E.C, em 1926, pesquisando as melhores formas de educar adultos para a "American Association for Adult Education" percebeu algumas impropriedades nos métodos utilizados e escreveu:
"Nosso sistema acadêmico se desenvolveu numa ordem inversa: assuntos e professores são os pontos de partida, e os alunos são secundários. ... O aluno é solicitado a se ajustar a um currículo pré-estabelecido. ... Grande parte do aprendizado consiste na transferência passiva para o estudante da experiência e conhecimento de outrem ".
Mais adiante oferece soluções quando afirma que
"nós aprendemos aquilo que nós fazemos. A experiência é o livro-texto vivo do adulto aprendiz".
Lança assim as bases para o aprendizado centrado no estudante, e do aprendizado tipo "aprender fazendo". Infelizmente sua percepção ficou esquecida durante muito tempo.
 Kelvin Miller afirma que estudantes adultos retém apenas 10% do que ouvem, após 72 horas. Entretanto serão capazes de lembrar de 85% do que ouvem, vêm e fazem, após o mesmo prazo. Ele observou ainda que as informações mais lembradas são aquelas recebidas nos primeiros 15 minutos de uma aula ou palestra.
 Para melhorar estes números, faz-se necessário conhecer as peculiaridades da aprendizagem no adulto e adaptar ou criar métodos didáticos para serem usados nesta população específica.
Segundo Knowles, à medida que as pessoas amadurecem, sofrem transformações:
·      Passam de pessoas dependentes para indivíduos independentes, autodirecionados. 
·  Acumulam experiências de vida que vão ser fundamento e substrato de seu aprendizado futuro. 
·  Seus interesses pelo aprendizado se direcionam para o desenvolvimento das habilidades que utiliza no seu papel social, na sua profissão. 
·  Passam a esperar uma imediata aplicação prática do que aprendem, reduzindo seu interesse por conhecimentos a serem úteis num futuro distante. 
·  Preferem aprender para resolver problemas e desafios, mais que aprender simplesmente um assunto. 
·  Passam a apresentar motivações internas (como desejar uma promoção, sentir-se realizado por ser capaz de uma ação recem-aprendida, etc), mais intensas que motivações externas como notas em provas, por exemplo.
Características da Aprendizagem








Pedagogia

Andragogia
Relação Professor/Aluno
Professor é o centro das ações, decide o que ensinar, como ensinar e avalia a aprendizagem
A aprendizagem adquire uma característica mais centrada no aluno, na independência e na auto-gestão da aprendizagem.
Razões da Aprendizagem
Crianças (ou adultos) devem aprender o que a sociedade espera que saibam (seguindo um curriculo padronizado)
Pessoas aprendem o que realmente precisam saber (aprendizagem para a aplicação prática na vida diária).
Experiência do Aluno
O ensino é didático, padronizado e a experiência do aluno tem pouco valor
A experiência é rica fonte de aprendizagem, através da discussão e da solução de problemas em grupo.
Orientação da Aprendizagem
Aprendizagem por assunto ou matéria
Aprendizagem baseada em problemas, exigindo ampla gama de conhecimentos para se chegar a solução 





Outros Aspectos da Aprendizagem de Adultos
Adultos não gostam de ficar embaraçados frente a outras pessoas. Assim, adotarão uma postura reservada nas atividades de grupo até se sentirem seguras de que não serão ridicularizadas. Pessoas tímidas levarão mais tempo para se sentirem à vontade e não gostam de falar em discussões de grupo. Elas podem ser incentivadas a escrever suas opiniões e posteriormente mudarem de grupos, caso se sinta melhor em outras companhias.
Essa proposta deve começar pela arrumação da sala de aula, com cadeiras arrumadas de modo a facilitar discussões em pequenos grupos. Nunca deverão estar dispostas em fileiras.
Antes de cada aula, o professor deverá escrever uma pergunta provocativa no quadro, de modo a despertar o interesse pelo assunto antes mesmo do inicio da atividade.
O professor afeito ao ensino de adultos raramente responderá alguma pergunta. Ele a devolverá à classe, perguntando "Quem pode iniciar uma resposta?" ("Quem sabe a resposta?" e' uma pergunta intimidante e não deverá ser utilizada).
O Professor nunca deverá dizer que a resposta de um adulto está errada. Cada resposta sempre terá alguma ponta de verdade que deve ser trabalhada. O professor deverá se desculpar pela pergunta pouco clara e refazê-la de modo a aproveitar a parte correta da resposta anterior. Fará então novas perguntas a outros estudantes, de modo a correlacionar as respostas até obter a informação completa.
Após 72 horas, lembram muito mais do que ouviram, viram e fizeram (85%) do que daquilo que simplesmente ouviram (10%). O "Teste de 3 minutos" é um excelente recurso para fixar o conhecimento. Os alunos são solicitados a escrever, no espaço de 3 minutos, o máximo que puderem sobre o assunto que foi discutido. Isto reforça o aprendizado criando uma percepção visual sobre o assunto.
Alunos adultos podem se concentrar numa explanação teórica durante 07 minutos. Depois disso, a atenção se dispersa. Este período deverá ser usados pelo Professor para estabelecer os objetivos e a relevância do assunto a ser discutido, enfatizar o valor deste conhecimento e dizer o quanto se sente motivado a discuti-lo. Vencidos os 07 minutos, é tempo de iniciar uma discussão ou outra atividade, de modo a diversificar o método e conseguir de volta a atenção. Estas alternâncias podem tomar até 30% do tempo de uma aula teórica, porém permitem quadruplicar o volume de informações assimiladas pelos estudantes.
CONCLUSÃO
Nos Cursos Universitários, geralmente recebemos adolescentes como calouros e liberamos adultos como bacharelandos. Estamos portanto trabalhando no terreno limítrofe entre a pedagogia e andragogia. Não podemos abandonar os métodos clássicos, de curriculos parcialmente estabelecidos e professores que orientem e guiem seus alunos, nem podemos, por outro lado, tolher o amadurecimento de nossos estudantes através da imposição de um currículo rígido, que não valorize suas iniciativas, suas individualidades, seus ritmos particulares de aprendizado. Precisamos encontrar um meio termo, onde as características positivas da Pedagogia sejam preservadas e as inovações eficientes da Andragogia sejam introduzidas para melhorar o resultado do Processo Educacional.
Precisamos estimular o autodidatismo, a capacidade de auto-avaliação e autocrítica, as habilidades profissionais, a capacidade de trabalhar em equipes. Precisamos enfatizar a responsabilidade pessoal pelo próprio aprendizado e a necessidade e capacitação para a aprendizagem continuada ao longo da vida. Precisamos estimular a responsabilidade social, formando profissionais competentes, com auto-estima, seguros de suas habilidades profissionais e comprometidos com a sociedade à qual deverão servir. Sem dúvida, a Andragogia será uma ótima ferramenta para nos ajudar a atingir estes objetivos.
Componentes do Processo Didático e do Processo de Ensino
 Quem circula pelos corredores de uma escola, o quadro que observa é o professor frente a uma turma de alunos, sentados ordenadamente ou realizando uma tarefa em grupo, para aprender uma matéria.
De fato, tradicionalmente se consideram como componentes da ação didática a matéria, o professor, os alunos. Pode-se combinar estes componentes, acentuando mais um ou outro, mas a ideia corrente é a de que o professor transmite a matéria ao aluno.
Entretanto, o ensino, por mais simples que possa parecer à primeira vista é uma atividade complexa: envolve tanto condições externas como condições internas das situações didáticas. Conhecer essas condições e lidar acertadamente com elas é uma das tarefas básicas do professor para a condução do trabalho docente.
Internamente, a ação didática se refere à relação entre o aluno e a matéria, com o objetivo de apropriar-se dela com a mediação do professor. Entre a matéria, o professor e o aluno ocorrem relações recíprocas.
O professor tem propósitos definidos no sentido de assegurar o encontro direto do aluno com a matéria, mas essa atuação depende das condições internas dos alunos, alterando o modo de lidar com a matéria.
Cada situação didática, porém, vincula-se a determinantes econômicos e socioculturais e a objetivos e formas estabelecidos, conforme interesses da sociedade e seus grupos, que afetam as decisões didáticas. Considera-se, pois, que a inter-relação entre professor e alunos não se reduz à sala de aula, implicando relações bem mais abrangentes:
·         Na sociedade, há antagonismo e interesses distintos entre grupos e classes sociais que se refletem nas finalidades e no papel atribuído à escola e ao trabalho do professor e dos alunos.
·         As teorias da educação, as práticas pedagógicas, os objetivos educativos da escola e dos professores, os conteúdos escolares, a relação professor/aluno, as modalidades de comunicação docente, nada disso existe isoladamente do contexto econômico, social e cultural, mas amplo e que afetam as condições reais em que se realizam o ensino e a aprendizagem.
·         O professor participa de outros contextos de relações sociais onde é, também, aluno, pai, filho, membro de sindicato, de partido político, ou de um grupo religioso. Esses contextos se referem uns ao outros e afetam a atividade prática do professor. O aluno, por sua vez, não existe apenas como aluno. Faz parte de um grupo social, pertence a uma família que vive em determinadas condições de vida e de trabalho, é branco, negro, tem uma determinada idade, possui uma linguagem para expressar-se, conforme o meio em que vive, tem valores e aspirações condicionados pela sua prática de vida etc.
·         A eficácia do trabalho docente depende da filosofia de vida do professor, de suas convicções políticas, do seu preparo profissional, do salário que recebe, da sua personalidade, das características da sua vida familiar, da sua satisfação profissional em trabalhar com alunos etc. Tudo isto, entretanto, não é uma questão de traços individuais do professor, pois o que acontece com ele tem a ver com as relações sociais que acontecem na sociedade.
 
Considera-se, assim, que o processo didático está centrado na relação fundamental entre o ensino e a aprendizagem, orientado para a confrontação ativa do aluno com a matéria sob a mediação do professor. Com isso, pode-se identificar entre os seus elementos constitutivos: os conteúdos das matérias que devem ser assimilados pelos alunos de um determinado grau; a ação de ensinar, em que o professor atua como mediador entre o aluno e as matérias; a ação de aprender, em que o aluno assimila consciente e ativamente as matérias e desenvolve sua capacidade e habilidades.
Contudo, esses componentes não são suficientes para ver o ensino em sua globalidade. Como visto, não é uma atividade que se desenvolve automaticamente, restrita ao que se passa no interior da escola, uma vez que expressa finalidades e exigências da prática social, ao mesmo tempo em que se subordinam as condições concretas postas pela mesma prática social que favorecem e dificultam atingir objetivos.
Entender, pois, o processo didático, como totalidade abrangente, implica vincular: conteúdos, ensino e aprendizagem a objetivos sociopolíticos e pedagógicos e analisar criteriosamente o conjunto de condições concretas que rodeiam cada situação didática.
O ensino é um processo social, integrante de múltiplos processos sociais, nos quais estão implicadas dimensões políticas, ideológicas, éticas, pedagógicas, frente às quais se formulam objetivos conteúdos e métodos conforme opções assumidas pelo educador, cuja realização está na dependência de condições; sejam aquelas que o educador já encontra, sejam as que ele precisa transformar ou criar.
Desse modo, os objetivos gerais e específicos são não só um dos componentes do processo didático; mas determinantes nas relações entre os demais componentes.
O processo didático, assim, desenvolve-se mediante a ação recíproca dos componentes fundamentais do ensino: os objetivos da educação e da instrução, os conteúdos, o ensino, a aprendizagem, os métodos, as formas e meios de organização das condições da situação didática, a avaliação. Sendo também os conceitos fundamentais que formam a base de estudos da Didática.
O processo de ensino é impulsionado por fatores ou condições específicas já existentes ou que cabe ao professor criar, a fim de atingir os objetivos escolares, isto é, o domínio pelos alunos de conhecimentos, habilidades e hábitos e o desenvolvimento de suas capacidades cognoscitivas.
O professor planeja, dirige, organiza, controla e avalia o ensino com endereço certo. A aprendizagem ativa do aluno, ou seja, a relação cognitiva entre o aluno e a matéria de estudo.
Haveria uma contradição entre essa ideia de um ensino estruturado e dirigido e a atividade e independência de pensamento do aluno como sujeito ativo da aprendizagem?
Muito se tem discutido sobre os fatores e as condições que asseguram o bom ensino e resultados satisfatórios de aprendizagem dos alunos. Muitas pessoas afirmam que o principal papel está no professor, na didática que ele utiliza, suas explicações sobre a matéria e no seu traquejo em conduzir a classe.
Outras entendem que bons métodos e técnicas seriam suficientes. Há, ainda, as que encontram esse fator no atendimento das necessidades e interesses espontâneos das crianças. Entretanto, esses fatores não podem ser considerados isoladamente.
Quando se diz que o processo de ensino consiste, ao mesmo tempo, na condução do estudo e na atividade do aluno, se está frente a uma contradição. Mas é uma contradição que pode ser superada didaticamente, na medida em que o ensino não ignora as exigências da atividade do aluno em sua aprendizagem.
O professor, de fato, é responsável pelas tarefas de ensino, explicação da matéria, orientação das atividades, colocação de exercícios, controle e verificação da aprendizagem. Mas tudo isso é feito para encaminhar o estudo ativo dos alunos.
Não se trata de uma tarefa fácil. A contribuição mais importante da Didática é: ajudar a resolver a contradição entre o ensino e a aprendizagem; a detectar as dificuldades enfrentadas pelos alunos na assimilação ativa dos conteúdos e a encontrar os procedimentos para que eles próprios superem tais dificuldades e progridam no desenvolvimento intelectual.
As dificuldades ou impasses que o aluno encontra, no enfrentamento da matéria de estudo, expressam a contradição entre as tarefas colocadas pelo professor (conteúdos, problemas, exercícios etc.) e seu nível de conhecimentos, de desenvolvimento mental, bem como suas atitudes frente ao estudo. O fator predominante, pois, na dinâmica do processo de ensino é a relação contraditória entre as exigências do processo didático e o trabalho ativo e mental dos alunos.
A força motriz fundamental do processo didático é a contradição entre as exigências de domínio do saber sistematizado e o nível de conhecimento, experiências, atitudes e características socioculturais e individuais dos alunos.
Em decorrência disso, não é suficiente passar os conteúdos ou colocar problemas. É preciso colocá-los de modo que se convertam em problemas e desafios para o aluno, suscitando e mobilizando a sua atividade.
Para que essa contradição se converta em força desencadeadora da atividade dos alunos são necessárias certas condições.
A primeira condição é dos alunos tomarem consciência das dificuldades que aparecem quando se defrontam com um conhecimento novo que não dominam. Tomar consciência significa colocar a dificuldade como um desafio vencido, a fim de avançar na aprendizagem.
A segunda condição é a sensibilidade das tarefas cognoscitivas postas pelo professor; isso quer dizer que o nível e o volume de conhecimentos, atividade e exercícios devem estar em correspondência com as condições prévias dos alunos (capacidades, nível de preparo etc.).
A terceira condição é a correspondência entre as exigências do ensino, prevista no planejamento, de modo que o professor saiba qual dificuldade (desafio, problema) apresentar e como trabalhá-la didaticamente e a condição prévia dos alunos.
Podemos dizer, então, que o essencial do processo didático é coordenar o movimento de vaivém entre o trabalho produzido pelo professor e a percepção e o raciocínio dos alunos frente a esse trabalho.
Ou seja, frente a um conjunto de conhecimento e habilidades, a serem necessariamente dominados pelos alunos, trata-se de: verificar previamente um nível de conhecimentos já alcançados por eles e sua capacidade potencial de assimilar, organizar e chegar, gradativamente, à sistematização e aplicação dos conhecimentos e habilidades.

AÇÕES QUE VALEM A PENA TNETAR

 


  1. Reunião com pais para sensibilização e estabelecimento de parceria proativa;
  2. Aplicação de uma anamnese nos alunos para resgate de identidade;
  3. Criação de um grupo de reforço (pré-aula);
  4. Propostas de trabalho dos docentes para resgatar esses alunos;
  5. Redefinição dos critérios de avaliação para todos os professores;
  6. Repensar se os materiais didáticos utilizados são pertinentes;
  7. Resignificação da importância de estudar, atribuindo valores aos conteúdos ora apreendidos;
  8. Estimular e proporcionar atividades que motivem a troca de ideia e experiências entre os alunos;
  9. Reuniões quinzenais com os alunos da sala, equipe diretiva, coordenação para ouvir os alunos, avaliar situações conflitantes e juntas buscar saídas;
  10. Utilização de aulas fora da sala, como por exemplo a utilização do laboratório de informática, biblioteca, sala de vídeo, e tudo que estiver a disposição do colégio para dar um up-grade nas aulas e elevar o estimulo dos discentes;
  11. Estudo e reflexão do texto acima, primeiramente pela equipe gestora, e achando pertinente organizar uma HTPC sobre a pedagogia(crianças) e a andragogia(adultos). Um bom trabalho para todos !!!

OLHA O QUE QUEREM FAZER COM NOSSA APOSENTADORIA....


 

Companheiros do Magistério, lí esta semana, a notícia do portal do IG e no Portal da Globo G1, fala sobre novas regras para aposentadoria. Não precisa ser bidú para saber quem vai ser novamente prejudicado...Leiam na íntegra a reportagem, e marquem bem o nome destes "nobres brasileiros", que querem acabar de uma vez com a aposentadoria. Valha-me Deus!!!

http://economia.ig.com.br/financas/aposentadoria/entenda+o+que+pode+mudar+na+aposentadoria+dos+brasileiros/n1597161030763.html

http://oglobo.globo.com/pais/mudanca-na-aposentadoria-pode-acabar-com-tempo-de-contribuicao-5333235

Eu era lindo, jovem, inocente e feliz. Por decurso de prazo, envelheci. Nesse meio tempo, trabalhei. Passei a vida toda contribuindo com a Previdência Social para ter uma velhice calma. Aposentado, votei em Lula porque ele garantiu que respeitaria o direito adquirido pelo nosso trabalho. Lula se aposentou aos 38 anos, mas esqueceu dos direitos dos aposentados.

Este ano, o governo da “justiça social e dos trabalhadores” deu apenas 6,08 de reajuste para aposentados que ganham acima do mínimo. Já para os que ganham até um salário mínimo, o reajuste foi de 14 por cento. Dilma acompanha Lula e FHC na política de aviltar nossos ganhos. Cada ano que passa, os aposentados brasileiros que ganham acima do salário mínimo perdem seu poder aquisitivo. O achatamento do nosso salário é gradativo. Todo ano perdemos um pouco. Daqui a alguns anos, todos receberemos apenas o salário mínimo.

Essa vileza nos transforma em derrotados que andam sem rumo, sem ver saída pra sua vida de merda. Conheço um coroa meio doido qua anda com uma faquinha para enterrar na barriga de quem o chamar de “pessoa da melhor idade”. Pobres, quase inválidos e sem capacidade de produzir, vivemos dessa esmola do Governo. Enfrentamos a ditadura, participamos das lutas pelos direitos dos trabalhadores para hoje estarmos nessa situação de penúria. Dizem que temos a nosso favor  “o direito adquirido”, o “ato jurídico perfeito”, “a coisa julgada”, a “cláusula pétrea”, “os usos e costumes”, e o que mais se pense. Mas nada se resolve. Às vezes eu penso que a faquinha do velho maluco seria uma boa saída, como vértice de luz perfurando as trevas do desrespeito. A ponta da faca rombuda escavando os canalhas de ponta.

E quem me saudar hoje pelo dia do aposentado, serei muito moderado e não mandarei tomar no monossílabo. Mas encaminho para bater um papo com o coroa maluco.