terça-feira, 31 de julho de 2012
Causos de Parnaíba - Policarpo
POLICARPO.
Era costume dos tempos de outrora, que os padres e pessoas influentes e ricas fossem, depois de mortas, enterradas na igreja. Na igreja Matriz de Sant'Ana ainda hoje encontram-se pedras com nomes dessas pessoas.
Havia na cidade uma homem muito mau de nome Policarpo. Deixava os escravos morrerem de fome ou chicoteava-os até a morte. Maltrata os filhos e a mulher, e mandava matar quem atravessasse em seu caminho.
Quando morreu, por ser um senhor de muitas terras e exercer poder político na cidade, foi enterrado na igreja. Desde então, coisas estranhas começaram a acontecer no local. Bancos rolavam, o sino tocava e correntes se arrastavam.
Muitos moradores já haviam presenciado tais fenômenos, e de boca em boca a população ficou assustada. Ninguém ia à reza à noite, nem ficava sozinho na igreja. O vigário que não acredita em assombração, resolveu, um dia pousar na igreja. Antes de terminar o terço, ouviu passos e barulho de correntes se arrastando. Perguntou quem era:
- Sou eu, o Policarpo. Ajude-me, por favor. Não posso ficar enterrado neste lugar sagrado, pois não sou digno. Mande-me desenterrar e jogue meu caixão no Rio Tietê para que a correnteza me leve para bem longe.
Foi o que fez o vigário. Na igreja nunca mais esse homem atormentou, mas na cidade... o Policarpo ainda aparece.
Causos de Parnaíba - A Praga do padre
A PRAGA DO PADRE
Ao fazer a encomenda de uma alma, o padre referiu-se ao defunto depreciando sua imagem, o que não agradou seus amigos. Estes, revoltados, resolveram dar uma surra no padre que consegui escapar, retomado dias depois para rezar a missa de Santa Terezinha.
Durante a missa, na hora do sermão o padre profetizou:
- Santa Terezinha vai derramar uma chuva de rosas nesta cidade. No mesmo dia, o tempo escureceu e caiu sobre Parnaíba uma chuva de pedras enormes, em formato de rosas. Granizos enormes destelharam todas as casas, quebraram vidraças e invadiram residências. Para se protegerem, as pessoas . escondiam-se debaixo das mesas.
Quinze dias depois havia ainda vestígios da chuva
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Escola e família, quem é o vilão?
Opinião: Escola e família, quem é o vilão?
Não é producente estar discutindo de quem é a culpa do fracasso na difícil tarefa de educar. A escola ou a família?
Os
que atribuem à família logo apontam a situação caótica porque passa a
“célula mãe” da sociedade. A família estaria sem rumo. Aumentam as
separações e os filhos abandonados. Os
pais que se envolvem totalmente na tarefa de correr atrás do sustento
do grupo. Não há mais tempo para os filhos. Mesmo a mulher deve
trabalhar e contribuir com o orçamento familiar. Os filhos ficam
entregues à própria sorte. Em outros casos, o pai foi destituído
de sua autoridade de chefe. Os valores assimilados pelas crianças vêm
da rua e da televisão, que só ensinam o que não presta...
Os
que atribuem o fracasso à escola, logo mencionam a negligência.
Períodos enormes de greves. Falta de verbas para educação. Nem o piso
salarial oficial os professores recebem.
Descaso. Não é prioridade. O tempo na escola é reduzido. Brasil, raro
caso no mundo, onde a escola funciona apenas em um turno. Sem falar das
ameaças externas: a violência e as drogas. Os mestres são insultados.
Aluno virou cliente ou cinicamente designado
como “nosso parceiro”.
Pensar
dessa forma deve ser extremamente inquietante. Desesperador. Mas, é
assim que muitas pessoas acreditam e repetem, sem refletir.
A
família passa por uma crise. Ela busca novos modelos. Tenta compor
outros cenários. Múltiplos arranjos, onde o fundamental continua sendo: o
locus da experiência necessária do amor. Isto é, a família é
o espaço onde devemos nos inaugurar no humano. Na vivência básica do
humano: amar e ser amado. O líder desse núcleo não precisa ser alguém
que se impõe pela força, mas
que exercita e lembra a necessidade de aplicarmos e vivermos o consenso
para que possamos viver bem e em harmonia.
A
escola precisa estar mais próxima e aberta. Ela precisa ser em tempo
integral, com movimentos de articulação com a comunidade. Um lugar de
aprender e conviver. Construir amizades.
Exercitar a solidariedade. Não apenas instruir, mas despertar nos
jovens o interesse pela vida, pelos outros e pelo mundo...
*Antonio Mourão Cavalcante. Médico, antropólogo e professor universitário.
Dica aos pais e professores
Briga
familiar sempre foi algo que resultou em estresse infantil.
Dificilmente vemos uma criança normal, sem problemas como a depressão,
se vivenciou as brigas de seus pais diversas vezes. Se a criança está
acostumada a ver os pais sempre unidos, se beijando, abraçados, e
unidos, brigas podem assustar de uma forma gigantesca as crianças, não
me refiro a discussões comuns, pois isso é normal ocorrer nos
relacionamentos amorosos, uma vez ou outra, mas brigas feias, com
palavrões, agressões, ameaças, enfim, pode resultar em sérios problemas.
O
bom é evitar discutir com seu parceiro em frente das crianças, mesmo
que sua vontade seja de “fazer a cobra fumar”. Pense primeiramente em
seus filhos, pois afinal de contas os pais devem ser os exemplos para as
crianças. Sem levar em conta que brigas nunca resolvem nada, muito pelo
contrario, acaba magoando o companheiro, pois a cabeça vai estar
quente, e as palavras serão ditas da boca para fora. Então seja uma
pessoa centrada, não faça nada sem pensar duas vezes, afinal a
serenidade é algo extremamente necessário na vida das pessoas.
domingo, 1 de julho de 2012
Ações para Salas desmotivadas
Companheiros e Companheiras de magistério, estou postando algumas
sugestões de ações que valem a pena utilizarem para turmas de alunos que
estão desmotivadas e consequentemente já debandaram para a
indisciplina. Confiram.
PEDAGOGIA OU ANDRAGOGIA?
Para melhorar estes números, faz-se necessário conhecer as peculiaridades da aprendizagem no adulto e adaptar ou criar métodos didáticos para serem usados nesta população específica.
Segundo Knowles, à medida que as pessoas amadurecem, sofrem transformações:
PEDAGOGIA OU ANDRAGOGIA?
Crianças são seres indefesos, dependentes.
Precisam ser alimentados, protegidos, vestidos, banhados, auxiliados nos
primeiros passos, Durante anos se acostumam a esta dependência, considerando-a
como um componente normal do ambiente que as rodeia. Na idade escolar,
continuam aceitando esta dependência, a autoridade do professor e a orientação
deles como inquestionáveis.
A adolescência vai mudando este status quo.
Tudo começa a ser questionado, acentuam-se as rebeldias e, na escola, a
infalibilidade e autoridade do professor não é mais tão absoluta assim. Alunos
querem saber por que devem aprender geografia, história ou ciências.
A idade adulta trás a independência. O
indivíduo acumula experiências de vida, aprende com os próprios erros,
apercebe-se daquilo que não sabe e o quanto este desconhecimento faz-lhe falta.
Escolhe uma namorada ou esposa, escolhe uma profissão e analisa criticamente
cada informação que recebe, classificando-a como útil ou inútil.
Esta evolução, tão gritante quando descrita nestes
termos, infelizmente é ignorada pelos sistemas tradicionais de ensino. Nossas
escolas, nossas universidades tentam ainda ensinar a adultos com as mesmas
técnicas didáticas usadas nos colégios primários ou secundários. A mesma pedagogia
é usada em crianças e adultos, embora a própria origem da palavra se refira
à educação e ensino das crianças (do grego paidós = criança).
APERCEBENDO-SE DA DIFERENÇA
Linderman, E.C, em 1926, pesquisando
as melhores formas de educar adultos para a "American Association for
Adult Education" percebeu algumas impropriedades nos métodos utilizados e
escreveu:
"Nosso sistema acadêmico se
desenvolveu numa ordem inversa: assuntos e professores são os pontos de
partida, e os alunos são secundários. ... O aluno é solicitado a se ajustar a
um currículo pré-estabelecido. ... Grande parte do aprendizado consiste na
transferência passiva para o estudante da experiência e conhecimento de outrem ".
Mais
adiante oferece soluções quando afirma que
"nós aprendemos aquilo que
nós fazemos. A experiência é o livro-texto vivo do adulto aprendiz".
Lança
assim as bases para o aprendizado centrado no estudante, e do aprendizado tipo
"aprender fazendo". Infelizmente sua percepção ficou esquecida
durante muito tempo.
Kelvin Miller afirma que estudantes adultos retém apenas 10% do que
ouvem, após 72 horas. Entretanto serão capazes de lembrar de 85% do que
ouvem, vêm e fazem, após o mesmo prazo. Ele observou ainda que as
informações mais lembradas são aquelas recebidas nos primeiros 15 minutos de uma
aula ou palestra. Para melhorar estes números, faz-se necessário conhecer as peculiaridades da aprendizagem no adulto e adaptar ou criar métodos didáticos para serem usados nesta população específica.
Segundo Knowles, à medida que as pessoas amadurecem, sofrem transformações:
·
Passam de
pessoas dependentes para indivíduos independentes, autodirecionados.
·
Acumulam experiências de vida que vão ser fundamento e substrato de seu
aprendizado futuro.
·
Seus interesses pelo aprendizado se direcionam para o desenvolvimento
das habilidades que utiliza no seu papel social, na sua profissão.
·
Passam a esperar uma imediata aplicação prática do que aprendem,
reduzindo seu interesse por conhecimentos a serem úteis num futuro
distante.
·
Preferem aprender para resolver problemas e desafios, mais que aprender
simplesmente um assunto.
· Passam a apresentar motivações internas (como
desejar uma promoção, sentir-se realizado por ser capaz de uma ação recem-aprendida,
etc), mais intensas que motivações externas como notas em provas, por exemplo.
Características da Aprendizagem
Pedagogia
|
Andragogia
|
|
Relação Professor/Aluno
|
Professor é o centro das ações, decide o que
ensinar, como ensinar e avalia a aprendizagem
|
A aprendizagem adquire uma característica mais
centrada no aluno, na independência e na auto-gestão da aprendizagem.
|
Razões da Aprendizagem
|
Crianças (ou adultos) devem aprender o que a
sociedade espera que saibam (seguindo um curriculo padronizado)
|
Pessoas aprendem o que realmente precisam saber
(aprendizagem para a aplicação prática na vida diária).
|
Experiência do Aluno
|
O ensino é didático, padronizado e a experiência
do aluno tem pouco valor
|
A experiência é rica fonte de aprendizagem,
através da discussão e da solução de problemas em grupo.
|
Orientação da Aprendizagem
|
Aprendizagem por assunto ou matéria
|
Aprendizagem baseada em problemas, exigindo ampla
gama de conhecimentos para se chegar a solução
|
Outros Aspectos
da Aprendizagem de Adultos
Adultos não gostam de ficar embaraçados frente a
outras pessoas. Assim, adotarão uma postura reservada nas atividades de grupo
até se sentirem seguras de que não serão ridicularizadas. Pessoas tímidas
levarão mais tempo para se sentirem à vontade e não gostam de falar em
discussões de grupo. Elas podem ser incentivadas a escrever suas opiniões e
posteriormente mudarem de grupos, caso se sinta melhor em outras companhias.
Essa proposta deve começar pela arrumação da sala
de aula, com cadeiras arrumadas de modo a facilitar discussões em pequenos
grupos. Nunca deverão estar dispostas
em fileiras.
Antes de cada aula, o professor deverá escrever
uma pergunta provocativa no quadro, de modo a despertar o interesse pelo
assunto antes mesmo do inicio da atividade.
O professor afeito ao ensino de adultos raramente
responderá alguma pergunta. Ele a devolverá à classe, perguntando "Quem
pode iniciar uma resposta?" ("Quem sabe a resposta?" e' uma
pergunta intimidante e não deverá ser utilizada).
O Professor nunca deverá dizer que a resposta de
um adulto está errada. Cada resposta sempre terá alguma ponta de verdade que
deve ser trabalhada. O professor deverá se desculpar pela pergunta pouco clara
e refazê-la de modo a aproveitar a parte correta da resposta anterior. Fará
então novas perguntas a outros estudantes, de modo a correlacionar as respostas
até obter a informação completa.
Após 72 horas, lembram muito mais do que ouviram,
viram e fizeram (85%) do que daquilo que simplesmente ouviram (10%). O
"Teste de 3 minutos" é um excelente recurso para fixar o
conhecimento. Os alunos são solicitados a escrever, no espaço de 3 minutos, o
máximo que puderem sobre o assunto que foi discutido. Isto reforça o
aprendizado criando uma percepção visual sobre o assunto.
Alunos adultos podem se concentrar numa
explanação teórica durante 07 minutos. Depois disso, a atenção se dispersa.
Este período deverá ser usados pelo Professor para estabelecer os objetivos e a
relevância do assunto a ser discutido, enfatizar o valor deste conhecimento e
dizer o quanto se sente motivado a discuti-lo. Vencidos os 07 minutos, é tempo
de iniciar uma discussão ou outra atividade, de modo a diversificar o método e
conseguir de volta a atenção. Estas alternâncias podem tomar até 30% do tempo
de uma aula teórica, porém permitem quadruplicar o volume de informações
assimiladas pelos estudantes.
CONCLUSÃO
Nos Cursos Universitários, geralmente recebemos
adolescentes como calouros e liberamos adultos como bacharelandos. Estamos
portanto trabalhando no terreno limítrofe entre a pedagogia e andragogia. Não
podemos abandonar os métodos clássicos, de curriculos parcialmente
estabelecidos e professores que orientem e guiem seus alunos, nem podemos, por
outro lado, tolher o amadurecimento de nossos estudantes através da imposição
de um currículo rígido, que não valorize suas iniciativas, suas individualidades,
seus ritmos particulares de aprendizado. Precisamos encontrar um meio termo,
onde as características positivas da Pedagogia sejam preservadas e as inovações
eficientes da Andragogia sejam introduzidas para melhorar o resultado do
Processo Educacional.
Precisamos estimular o autodidatismo, a
capacidade de auto-avaliação e autocrítica, as habilidades profissionais, a
capacidade de trabalhar em equipes. Precisamos enfatizar a responsabilidade
pessoal pelo próprio aprendizado e a necessidade e capacitação para a
aprendizagem continuada ao longo da vida. Precisamos estimular a
responsabilidade social, formando profissionais competentes, com auto-estima,
seguros de suas habilidades profissionais e comprometidos com a sociedade à
qual deverão servir. Sem dúvida, a Andragogia será uma ótima ferramenta para
nos ajudar a atingir estes objetivos.
Componentes do Processo Didático e do Processo de Ensino
Quem circula pelos corredores de uma
escola, o quadro que observa é o professor frente a uma turma de alunos, sentados
ordenadamente ou realizando uma tarefa em grupo, para aprender uma matéria.
De fato, tradicionalmente se consideram como
componentes da ação didática a matéria, o professor, os alunos. Pode-se
combinar estes componentes, acentuando mais um ou outro, mas a ideia corrente é
a de que o professor transmite a matéria ao aluno.
Entretanto, o ensino, por mais simples que possa
parecer à primeira vista é uma atividade complexa: envolve tanto condições
externas como condições internas das situações didáticas. Conhecer essas
condições e lidar acertadamente com elas é uma das tarefas básicas do professor
para a condução do trabalho docente.
Internamente, a ação didática se refere à relação
entre o aluno e a matéria, com o objetivo de apropriar-se dela com a mediação
do professor. Entre a matéria, o professor e o aluno ocorrem relações
recíprocas.
O professor tem propósitos definidos no sentido
de assegurar o encontro direto do aluno com a matéria, mas essa atuação depende
das condições internas dos alunos, alterando o modo de lidar com a matéria.
Cada situação didática, porém, vincula-se a
determinantes econômicos e socioculturais e a objetivos e formas estabelecidos,
conforme interesses da sociedade e seus grupos, que afetam as decisões
didáticas. Considera-se, pois, que a inter-relação entre professor e alunos não
se reduz à sala de aula, implicando relações bem mais abrangentes:
·
Na sociedade, há antagonismo e interesses
distintos entre grupos e classes sociais que se refletem nas finalidades e no
papel atribuído à escola e ao trabalho do professor e dos alunos.
·
As teorias da educação, as práticas pedagógicas,
os objetivos educativos da escola e dos professores, os conteúdos escolares, a
relação professor/aluno, as modalidades de comunicação docente, nada disso existe
isoladamente do contexto econômico, social e cultural, mas amplo e que afetam
as condições reais em que se realizam o ensino e a aprendizagem.
·
O professor participa de outros contextos de
relações sociais onde é, também, aluno, pai, filho, membro de sindicato, de
partido político, ou de um grupo religioso. Esses contextos se referem uns ao
outros e afetam a atividade prática do professor. O aluno, por sua vez, não
existe apenas como aluno. Faz parte de um grupo social, pertence a uma família
que vive em determinadas condições de vida e de trabalho, é branco, negro, tem
uma determinada idade, possui uma linguagem para expressar-se, conforme o meio
em que vive, tem valores e aspirações condicionados pela sua prática de vida
etc.
·
A eficácia do trabalho docente depende da
filosofia de vida do professor, de suas convicções políticas, do seu preparo
profissional, do salário que recebe, da sua personalidade, das características
da sua vida familiar, da sua satisfação profissional em trabalhar com alunos
etc. Tudo isto, entretanto, não é uma questão de traços individuais do
professor, pois o que acontece com ele tem a ver com as relações sociais que
acontecem na sociedade.
Considera-se, assim, que o processo didático está
centrado na relação fundamental entre o ensino e a aprendizagem, orientado para
a confrontação ativa do aluno com a matéria sob a mediação do professor. Com
isso, pode-se identificar entre os seus elementos constitutivos: os conteúdos
das matérias que devem ser assimilados pelos alunos de um determinado grau; a
ação de ensinar, em que o professor atua como mediador entre o aluno e as
matérias; a ação de aprender, em que o aluno assimila consciente e ativamente
as matérias e desenvolve sua capacidade e habilidades.
Contudo, esses componentes não são suficientes
para ver o ensino em sua globalidade. Como visto, não é uma atividade que se
desenvolve automaticamente, restrita ao que se passa no interior da escola, uma
vez que expressa finalidades e exigências da prática social, ao mesmo tempo em
que se subordinam as condições concretas postas pela mesma prática social que
favorecem e dificultam atingir objetivos.
Entender, pois, o processo didático, como
totalidade abrangente, implica vincular: conteúdos, ensino e aprendizagem a
objetivos sociopolíticos e pedagógicos e analisar criteriosamente o conjunto de
condições concretas que rodeiam cada situação didática.
O ensino é um processo social, integrante de
múltiplos processos sociais, nos quais estão implicadas dimensões políticas,
ideológicas, éticas, pedagógicas, frente às quais se formulam objetivos
conteúdos e métodos conforme opções assumidas pelo educador, cuja realização
está na dependência de condições; sejam aquelas que o educador já encontra,
sejam as que ele precisa transformar ou criar.
Desse modo, os objetivos gerais e específicos são
não só um dos componentes do processo didático; mas determinantes nas relações
entre os demais componentes.
O processo didático, assim, desenvolve-se
mediante a ação recíproca dos componentes fundamentais do ensino: os objetivos
da educação e da instrução, os conteúdos, o ensino, a aprendizagem, os métodos,
as formas e meios de organização das condições da situação didática, a
avaliação. Sendo também os conceitos fundamentais que formam a base de estudos
da Didática.
O processo de ensino é impulsionado por fatores
ou condições específicas já existentes ou que cabe ao professor criar, a fim de
atingir os objetivos escolares, isto é, o domínio pelos alunos de
conhecimentos, habilidades e hábitos e o desenvolvimento de suas capacidades
cognoscitivas.
O professor planeja, dirige, organiza, controla e
avalia o ensino com endereço certo. A aprendizagem ativa do aluno, ou seja, a
relação cognitiva entre o aluno e a matéria de estudo.
Haveria uma contradição entre essa ideia de um
ensino estruturado e dirigido e a atividade e independência de pensamento do
aluno como sujeito ativo da aprendizagem?
Muito se tem discutido sobre os fatores e as
condições que asseguram o bom ensino e resultados satisfatórios de aprendizagem
dos alunos. Muitas pessoas afirmam que o principal papel está no professor, na
didática que ele utiliza, suas explicações sobre a matéria e no seu traquejo em
conduzir a classe.
Outras entendem que bons métodos e técnicas
seriam suficientes. Há, ainda, as que encontram esse fator no atendimento das
necessidades e interesses espontâneos das crianças. Entretanto, esses fatores
não podem ser considerados isoladamente.
Quando se diz que o processo de ensino consiste,
ao mesmo tempo, na condução do estudo e na atividade do aluno, se está frente a
uma contradição. Mas é uma contradição que pode ser superada didaticamente, na
medida em que o ensino não ignora as exigências da atividade do aluno em sua
aprendizagem.
O professor, de fato, é responsável pelas tarefas
de ensino, explicação da matéria, orientação das atividades, colocação de
exercícios, controle e verificação da aprendizagem. Mas tudo isso é feito para
encaminhar o estudo ativo dos alunos.
Não se trata de uma tarefa fácil. A contribuição
mais importante da Didática é: ajudar a resolver a contradição entre o ensino e
a aprendizagem; a detectar as dificuldades enfrentadas pelos alunos na
assimilação ativa dos conteúdos e a encontrar os procedimentos para que eles
próprios superem tais dificuldades e progridam no desenvolvimento intelectual.
As dificuldades ou impasses que o aluno encontra,
no enfrentamento da matéria de estudo, expressam a contradição entre as tarefas
colocadas pelo professor (conteúdos, problemas, exercícios etc.) e seu nível de
conhecimentos, de desenvolvimento mental, bem como suas atitudes frente ao
estudo. O fator predominante, pois, na dinâmica do processo de ensino é a
relação contraditória entre as exigências do processo didático e o trabalho
ativo e mental dos alunos.
A força motriz fundamental do processo didático é
a contradição entre as exigências de domínio do saber sistematizado e o nível
de conhecimento, experiências, atitudes e características socioculturais e
individuais dos alunos.
Em decorrência disso, não é suficiente passar os
conteúdos ou colocar problemas. É preciso colocá-los de modo que se convertam
em problemas e desafios para o aluno, suscitando e mobilizando a sua atividade.
Para que essa contradição se converta em força
desencadeadora da atividade dos alunos são necessárias certas condições.
A primeira condição é dos
alunos tomarem consciência das dificuldades que aparecem quando se defrontam
com um conhecimento novo que não dominam. Tomar consciência significa colocar a
dificuldade como um desafio vencido, a fim de avançar na aprendizagem.
A segunda condição é a
sensibilidade das tarefas cognoscitivas postas pelo professor; isso quer dizer
que o nível e o volume de conhecimentos, atividade e exercícios devem estar em
correspondência com as condições prévias dos alunos (capacidades, nível de
preparo etc.).
A terceira condição é a
correspondência entre as exigências do ensino, prevista no planejamento, de
modo que o professor saiba qual dificuldade (desafio, problema) apresentar e
como trabalhá-la didaticamente e a condição prévia dos alunos.
Podemos dizer, então, que o essencial do processo
didático é coordenar o movimento de vaivém entre o trabalho produzido pelo
professor e a percepção e o raciocínio dos alunos frente a esse trabalho.
Ou seja, frente a um conjunto de conhecimento e
habilidades, a serem necessariamente dominados pelos alunos, trata-se de:
verificar previamente um nível de conhecimentos já alcançados por eles e sua
capacidade potencial de assimilar, organizar e chegar, gradativamente, à sistematização
e aplicação dos conhecimentos e habilidades.
AÇÕES QUE VALEM A PENA TNETAR
- Reunião com pais para sensibilização e estabelecimento de parceria proativa;
- Aplicação de uma anamnese nos alunos para resgate de identidade;
- Criação de um grupo de reforço (pré-aula);
- Propostas de trabalho dos docentes para resgatar esses alunos;
- Redefinição dos critérios de avaliação para todos os professores;
- Repensar se os materiais didáticos utilizados são pertinentes;
- Resignificação da importância de estudar, atribuindo valores aos conteúdos ora apreendidos;
- Estimular e proporcionar atividades que motivem a troca de ideia e experiências entre os alunos;
- Reuniões quinzenais com os alunos da sala, equipe diretiva, coordenação para ouvir os alunos, avaliar situações conflitantes e juntas buscar saídas;
- Utilização de aulas fora da sala, como por exemplo a utilização do laboratório de informática, biblioteca, sala de vídeo, e tudo que estiver a disposição do colégio para dar um up-grade nas aulas e elevar o estimulo dos discentes;
- Estudo e reflexão do texto acima, primeiramente pela equipe gestora, e achando pertinente organizar uma HTPC sobre a pedagogia(crianças) e a andragogia(adultos). Um bom trabalho para todos !!!
OLHA O QUE QUEREM FAZER COM NOSSA APOSENTADORIA....
Companheiros do Magistério, lí esta semana, a notícia do portal do IG e no Portal da Globo G1, fala sobre novas regras para aposentadoria. Não precisa ser bidú para saber quem vai ser novamente prejudicado...Leiam na íntegra a reportagem, e marquem bem o nome destes "nobres brasileiros", que querem acabar de uma vez com a aposentadoria. Valha-me Deus!!!
http://economia.ig.com.br/financas/aposentadoria/entenda+o+que+pode+mudar+na+aposentadoria+dos+brasileiros/n1597161030763.html
http://oglobo.globo.com/pais/mudanca-na-aposentadoria-pode-acabar-com-tempo-de-contribuicao-5333235
Eu era lindo, jovem,
inocente e feliz. Por decurso de prazo, envelheci. Nesse meio tempo,
trabalhei. Passei a vida toda contribuindo com a Previdência Social para
ter uma velhice calma. Aposentado, votei em Lula porque ele garantiu
que respeitaria o direito adquirido pelo nosso trabalho. Lula se
aposentou aos 38 anos, mas esqueceu dos direitos dos aposentados.
Este ano, o governo da “justiça social e dos trabalhadores” deu apenas 6,08 de reajuste para aposentados que ganham acima do mínimo. Já para os que ganham até um salário mínimo, o reajuste foi de 14 por cento. Dilma acompanha Lula e FHC na política de aviltar nossos ganhos. Cada ano que passa, os aposentados brasileiros que ganham acima do salário mínimo perdem seu poder aquisitivo. O achatamento do nosso salário é gradativo. Todo ano perdemos um pouco. Daqui a alguns anos, todos receberemos apenas o salário mínimo.
Essa vileza nos transforma em derrotados que andam sem rumo, sem ver saída pra sua vida de merda. Conheço um coroa meio doido qua anda com uma faquinha para enterrar na barriga de quem o chamar de “pessoa da melhor idade”. Pobres, quase inválidos e sem capacidade de produzir, vivemos dessa esmola do Governo. Enfrentamos a ditadura, participamos das lutas pelos direitos dos trabalhadores para hoje estarmos nessa situação de penúria. Dizem que temos a nosso favor “o direito adquirido”, o “ato jurídico perfeito”, “a coisa julgada”, a “cláusula pétrea”, “os usos e costumes”, e o que mais se pense. Mas nada se resolve. Às vezes eu penso que a faquinha do velho maluco seria uma boa saída, como vértice de luz perfurando as trevas do desrespeito. A ponta da faca rombuda escavando os canalhas de ponta.
E quem me saudar hoje pelo dia do aposentado, serei muito moderado e não mandarei tomar no monossílabo. Mas encaminho para bater um papo com o coroa maluco.
Assinar:
Postagens (Atom)